Catorze de março mais uma vez

Em 2021, três anos depois, minha filha traduziu em um texto curto e contundente a indignação de muita gente que, à sua semelhança, sentiu a dor das mortes por execução de Marielle e Anderson.

Hoje, SEIS ANOS após os assassinatos, a despeito de alguns culpados terem sido apresentados e presos, ainda há muitas perguntas sem respostas. Uma delas, quem mandou matar Marielle e Anderson?

Esta história não acabou!

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Catorze de março mais uma vez

    Nesse domingo, 14 de março de 2021, se completam 3 anos de um assassinato covarde. Marielle Franco e Anderson foram mortos na saída de um evento, na região central do Rio, em um crime que chocou o país por sua frieza e elaboração. 

    Entre tantas investigações, uma pergunta não cala: quem mandou matar Marielle?

    Dúvidas começaram a ser levantadas pela natureza do citado assassinato.

    Marielle era uma mulher preta e LGBTQ+, e lutava pelos direitos dos menos favorecidos – as minorias que são constantemente atacadas. 

    O assassinato dela virou um palco pra batalhas ideológicas e muitas teorias por parte, principalmente, da extrema direita; dezenas de fake news. De um lado, quem dizia que “não tem como lamentar morte de quem defendia bandido”, do outro, quem afirmava que Marielle foi morta por ser mulher, negra, LGBTQ+, e contra as intervenções militares no Rio de Janeiro.

    A partir do momento que defender necessidades básicas e humanização nas prisões virou “defender bandido”, isso virou um dos maiores “motivos” para ataques a políticos e ativistas da esquerda. 

    Porém, muito tem a certeza de que a execução de Marielle Franco foi com o objetivo claro de ser “símbolo da perseguição a líderes de minorias por um estado autoritário”, segundo a jornalista Camilla Costa, da BBC Brasil. 

    Até quando os nossos vão ser mortos?

Até a Justiça prestar atenção?!

Quem mandou matar Marielle?

Essas perguntas não vão ser silenciadas mais.

Maria Leite, em uma auto definição, é: artista, LGBTQIA+, militante e comunista. 17 anos.

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